Thursday, November 23, 2006

2:15

São 2:15 da manhã deambulo pela rua num passo lento batido pela cadência do som do meu cigarro, sinto o frio que transportado pelas rajadas de vento ao bater na minha cara transportam-me pra um som ecoado numa gruta.
Ao olhar pró branco das calçadas lavadas pela chuva, reparo na pauta musical que ao cair das gotas de chuva, se vai completando de notas soltas com a cadência certa.
Até que sinto um crescendo de som que vindo de longe se vai encorpando, dando a conhecer mais um taxista pela ruas de Lisboa com pressa de chegar a mais um cliente, o meu cigarro morre aí.
Á medida que avanço mais percepção de sons tenho e ao mesmo tempo, uma maior vontade de seguir em frente. Ao deparar-me onde estava decido voltar atrás, a própria musica faz uma pausa e começa de novo.
Ouço o som metálico das chaves a entrarem na fechadura sentindo ante-mão o calor que vem dentro do meu quadrado. São 3:00 da manhã vou-me enrolar nos meus lençois pra ouvir a batida do meu coração. Até amanhã

Friday, November 03, 2006

Mais um caso real

Não queria deixar este episódio passar impune de comentários lacivos de vossa parte portanto aqui vai.
Isto passou-se num ida ao bairro onde um grande grupo de notivagos sedentos de cerveja e loucura se junta com o intuito de tertulia e degradação extrema. E todas as semanas existem sempre personagens novas sejam elas amigos de amigos ou mesmo de conhecimento instântaneo.
Nessa semana calhou o mauzão na semana anterior tinha sido o Hum-berto, dois-berto, três-berto. O mauzão meio deslocado da quadrilha pensou marcar sua posição, como os leões fazem ao urinarem nas arvores, o mauzão que mais parecia vindo de um livro cómico pois era grande e com uma passada larga onde mais parecia que estava a correr que qualquer coisa. E ao ver a oportunidade criado por um desgraçado que estava na rua mais bêdado que o Artur Jorge onde acidentalmente roçou seu braço ao encontro de uma donzela da quadrilha.
Tal acidente era insustentável pró mauzão, estamos a falar de alguem que dorme sobre o gelo e acorda suado meus amigos e como tal ele fez questão de dizer á donzela que isto não ficaria assim.
A rua era a descer e com o seu metro e noventa de passada larga mais parecia o Obikwelu holandês com a raiva de um pitt-bull, o Artur Jorge aproveitando a força de gravidade que pra ele já devia de ser um grande fardo lá se movimentava lentamente. A distância entre os dois era cada vez menor, o mauzão ia estudando como iria abordar a situação e o Artur lá se ia aguentando. Até que meio perdido o Artur lá encontra seus amigos, isto claro quase nas garras do mauzão. O mauzão olhando prós seus amigos, vinte deles capazes de o retraçar só com o olhar, toma entao a seguinte decisão...a curva apertada prá esquerda, como se nada fosse, aquilo mais parecia uma finta do ronaldo jogador pra um lado bola pra outro. Tal momento foi icónico pra quem presenciou.
Isto só visto!!!!!