Friday, December 29, 2006

Vida efémera

Graças a esta doença ( e estou a referir-me ao cancro) perdeu-se mais uma pessoa do meu universo que com 25 anos ainda tinha muito pra dar. Sem mais nada pra dizer, descansa em paz Brunão

Thursday, November 23, 2006

2:15

São 2:15 da manhã deambulo pela rua num passo lento batido pela cadência do som do meu cigarro, sinto o frio que transportado pelas rajadas de vento ao bater na minha cara transportam-me pra um som ecoado numa gruta.
Ao olhar pró branco das calçadas lavadas pela chuva, reparo na pauta musical que ao cair das gotas de chuva, se vai completando de notas soltas com a cadência certa.
Até que sinto um crescendo de som que vindo de longe se vai encorpando, dando a conhecer mais um taxista pela ruas de Lisboa com pressa de chegar a mais um cliente, o meu cigarro morre aí.
Á medida que avanço mais percepção de sons tenho e ao mesmo tempo, uma maior vontade de seguir em frente. Ao deparar-me onde estava decido voltar atrás, a própria musica faz uma pausa e começa de novo.
Ouço o som metálico das chaves a entrarem na fechadura sentindo ante-mão o calor que vem dentro do meu quadrado. São 3:00 da manhã vou-me enrolar nos meus lençois pra ouvir a batida do meu coração. Até amanhã

Friday, November 03, 2006

Mais um caso real

Não queria deixar este episódio passar impune de comentários lacivos de vossa parte portanto aqui vai.
Isto passou-se num ida ao bairro onde um grande grupo de notivagos sedentos de cerveja e loucura se junta com o intuito de tertulia e degradação extrema. E todas as semanas existem sempre personagens novas sejam elas amigos de amigos ou mesmo de conhecimento instântaneo.
Nessa semana calhou o mauzão na semana anterior tinha sido o Hum-berto, dois-berto, três-berto. O mauzão meio deslocado da quadrilha pensou marcar sua posição, como os leões fazem ao urinarem nas arvores, o mauzão que mais parecia vindo de um livro cómico pois era grande e com uma passada larga onde mais parecia que estava a correr que qualquer coisa. E ao ver a oportunidade criado por um desgraçado que estava na rua mais bêdado que o Artur Jorge onde acidentalmente roçou seu braço ao encontro de uma donzela da quadrilha.
Tal acidente era insustentável pró mauzão, estamos a falar de alguem que dorme sobre o gelo e acorda suado meus amigos e como tal ele fez questão de dizer á donzela que isto não ficaria assim.
A rua era a descer e com o seu metro e noventa de passada larga mais parecia o Obikwelu holandês com a raiva de um pitt-bull, o Artur Jorge aproveitando a força de gravidade que pra ele já devia de ser um grande fardo lá se movimentava lentamente. A distância entre os dois era cada vez menor, o mauzão ia estudando como iria abordar a situação e o Artur lá se ia aguentando. Até que meio perdido o Artur lá encontra seus amigos, isto claro quase nas garras do mauzão. O mauzão olhando prós seus amigos, vinte deles capazes de o retraçar só com o olhar, toma entao a seguinte decisão...a curva apertada prá esquerda, como se nada fosse, aquilo mais parecia uma finta do ronaldo jogador pra um lado bola pra outro. Tal momento foi icónico pra quem presenciou.
Isto só visto!!!!!

Wednesday, October 25, 2006

Passeata

Tenho que escrever sobre isto uma vez que passo grande parte do meu dia rua abaixo rua a cima com a minha cadela.
Não há nada mais degradante do que ver um animal largar as suas fezes diáriamente e sim eu faço isso.
Eu tenho uma husky, como descrevê-la é um animal de quatro patas e muito pêlo inteligentissimo pricipalmente se lhe metermos um trenó atrelado e gritarmos puxa, devido á minha grande preocupação de chegar a casa com todos os meus membros superiores tenho que estar atento a tudo o que me rodeia pra tal considero-me como o Figo dos passeadores de animais nada me escapa as osga peçonhentas que sobem a parede, os pombos que cagam nos carros, os gatos que proliferam a olhos vistos e esporádicos ratos que co-habitam a nossa cidade.Pra isso é necessário uma grande dose de equilibrio e loucura, ao soltar a bicha numca chego a ter tempo pra conceder o ultimo desejo ao animal. Ao estar atento a todos esses pormenores, faça sol ou chuva seja de dia ou noite, descuro noutros tais como as minas, minas é o que eu chamo aos dejectos deixados pela minha cadela numa passeata anterior e/ou por toda a comunidade canina xabreguense, são rara a vez que eu saio pra passear o canideo e não venho pra casa com o pensamento, pelo menos isto vai dar dinheiro.
Meus amigos é mentira eu continuo a pisar e o dinheiro continuar a não pingar.
Quando eu pensei que isto era a parte mais complicada de ter um animal em casa enganei-me redondamente isto porque eu tenho uma cadela e duas vezes por ano ela fica com o cio ao que nós os especialistas chamamos de "estás com o chico", "o benfica joga em casa", "sangras, sangras e numca mais morres"...E foi então que eu vi-me numa situação em que tinha que improvisar algo prá bicha poder habitar normalmente em casa. A solução adaptar umas cuecas minhas, brancas ou pretas só pró estilo, (eu já não uso disso pró caso de alguem querer saber) mas mesmo assim não dava. Foi então que me aconselharam os pensos higiénicos.
Eu sou gajo como tal nao percebo nada dessa matéria mas os seis anos de cio da minha cadela tornaram-me um expert, contudo a parte em que tenho que comprar-los continua a ser penosa ainda continuo a comprar uma caixa de pastilhas, A BOLA a MAXMEN e uma embalagem de pensos higiénicos hiper fluxo night. Pra quem numca viu a grossura dos pensos é mais ou menos a grossura da lombada do livro DA VINCI code.
Ultrapassando todos estes factores e muitos outros mais aconselho seriamente a ter um animal de estimação pois eles são os primeiros a sentir quando estás bem ou quando estás mal e a companhia deles é incondicional.
Aquela velha máxima que quanto mais conheço o HOMEM mais gosto dos animais não anda muito longe da verdade

Monday, October 23, 2006

Luso-sexual

Passada mais uma época de caça semanal, deparo-me com uma realidade que dantes ainda não tinha percebido. Isto claro que é culpa minha quem me manda andar a dormir.
Hoje em dia de modo a teres uma vida sexual a modos que libertina ou variada porque comer sempre o mesmo dizem que faz mal há saúde, tem que se pertencer a um substracto, isto porque nimguem pega em ti senão fores chunga ou beto, porco ou lavado, com cabelo ou sem, metro ou homosexual, castiço ou completamente rídiculo, intelectual ou acéfalo e dentro destes géneros também há que ser o maior e aí terás garantido um sábado de manhã num quarto desconhecido com a tua roupa no chão mas com as tuas meias ainda vestidas.
Ao deparar-me com esta realidade e com a minha líbido aos saltos tive que me fazer á vida, foi então que decidi criar o luso-sexual isto faz todo o sentido pelo menos na minha cabeça. Para criar esta vertente icónica do sexualismo tive que me basear no expoente máximo do luso-sexual e as caractrisitcas necessárias pra tal :
Tem que ter um porte atlético mas não muito, um sentido apurado pró humor e prás mulheres e seus problemas, o seu cabelo caractristico de um jogador da bola italiano prós leigos da bola é mais ou menos como micheal knight no justiceiro mas sem os caracois, uma pele branca a roçar o tôm dos habitantes da Escândinávia, um nariz peculiar e ter uma beleza reconhecida apenas pela minha mãe. E assim é criada mais um icone sexual pronto a desbravar o leito matinal de um quarto qualquer de sabado de manhã.
Ao verificar que ja se adquiriu todas estas caractrsitica irá observar-se o efeito Furão que é o mais ou menos como acontece no mundo animal o bicho entra á maluca nas tocas e so se vê é os coelhos a saltar e a correrem pelas suas vidas isto claro que transposto pró nosso dia á dia é digno de se ver, fica aqui o conteudo pra um outro post.

Thursday, October 19, 2006

Pois é este blog já devia de ter aparecido há muito mas por falta de tempo ou originalidade numca foi concretizado (não quer dizer que a tenha neste momento), de quaisquer das formas penso que chegou a hora.
E pronto aqui esta ele, bonito não é.
Tenho vinte e sete anos e sinto-me como um reformado, uma vez que não estou a trabalhar tenho este sabor amargo que é o fim de semana, as pessoas normais as que trabalham, anseiam pelo fim de semana toda a semana só pensam naquilo. A mim foi me retirado essa alegria, essa forma de estar durante a semana, como tal sinto-me injustiçado. O brilho da sexta-feira ao fim da tarde já não tem o mesmo sabor que tinha e quando me falam em férias, o ódio que percorre as minhas veias faz-me cortar a respiração com vontade de arrancar aqueles sorrisos parvos á força de quem trabalhou o ano inteiro e está á espera daquele mês ou semanas apenas pra me jogarem á cara. Não posso saboriar o fim de semana com total sabor é a mesma coisa que um capuccino vir sem café, só vem as natas, o doce d'Avó sem a Avó.Pra tal eu peço uma melhor compreensão pra com os que não trabalham por favor eles também têm sentimentos e sofrem o ano inteiro com as vossas alegrias e desvaneios de fim de semana